domingo, 23 de maio de 2010

4 Cantos

Passei pelos quatro cantos da sua boca. Foi ali que eu descobri um mundo, aquele mundo que ninguém mais vê, por que ele é só meu. Foi assim que eu percebi um pulsar intrínseco ao meu ser. Ele pulsa por que quer, ele pulsa por que vive, ele pulsa por que é curioso. Ele quer conhecer o mundo, aquele mundo que eu vi no teu olhar profundo, ele quer mergulhar nessa imensidão de insensatez. E já me perdi, nessa confusão verde com cor-de-mel, que parece me dizer a cada instante: “Vem me conhecer, logo aqui tem um infinito inteiro pra você”. Então me atiro nessa jornada. Os lábios se tocam, o tempo para e corre ao mesmo tempo. O beijo que parece durar um piscar de olhos fica lapidado na memória até o dia 30 de fevereiro. E então, depois de ter me perdido, eu me encontro. Sei bem onde estou, naquele lugar só nosso, que ninguém mais conhece como eu conheço. E esse mundo na tua boca é grande como o além, mas eu sei de seus caminhos como um poeta sabe seu poema favorito. E vou passeando, não só em corpo, mas também em alma, e de repente me vejo mergulhado por inteiro na cadência do nosso amor, envolto por inteiro em um nevoeiro de paixão. Essa nevoa que me cega, mas ao mesmo tempo me direciona por completo, cada centímetro meu sabe aonde quer ir e como chegar lá. E então nós vamos, e não tem como parar. E passo a passo, nesse novo mundo, encontrei meu novo lar.


Se cuidem,
Layne