No cais, cais.
Tão absoluta
que até penso
Cais desde sempre
como nunca antes
Cais direto
no Mar adentro
Cais no cais
e já não é sem tempo
Também caí
quando inventou-se
O vento.
quarta-feira, 28 de setembro de 2016
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
Crônica de um sinal perdido
Eu aceno, pulo, esbravejo ensandecido para chamar sua atenção.
Como já dizia a canção: "você ignora tudo o que eu faço" e me deixa ali, sendo observado pelas pessoas com aquele semblante de pena. Elas entendem, no fundo, todas já passaram por algo semelhante.
Sinto um pouco de raiva de você, além de vergonha por ter tido tanta certeza de que seria visto, por ter confiado que você tiraria ao menos um segundo da sua vida para me deixar entrar.
"Não se preocupe", me dizem, "o 107 passa de 10 em 10 minutos".
É, ficou um gosto amargo na minha boca, mas tudo bem.
Cheguei em casa e já tirei os sapatos.
Os seus ainda afundam no acelerador.
Como já dizia a canção: "você ignora tudo o que eu faço" e me deixa ali, sendo observado pelas pessoas com aquele semblante de pena. Elas entendem, no fundo, todas já passaram por algo semelhante.
Sinto um pouco de raiva de você, além de vergonha por ter tido tanta certeza de que seria visto, por ter confiado que você tiraria ao menos um segundo da sua vida para me deixar entrar.
"Não se preocupe", me dizem, "o 107 passa de 10 em 10 minutos".
É, ficou um gosto amargo na minha boca, mas tudo bem.
Cheguei em casa e já tirei os sapatos.
Os seus ainda afundam no acelerador.
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