terça-feira, 3 de agosto de 2010

Escritas Poéticas

Tava aqui fuçando uns papéis no meu quarto e encontrei um bando de texto antigo, poesias.


Venha, Amor...

Venha, leve meu coração
Sinta bem em tua mão
O peso do meu amor

Venha, entenda o meu lado
Veja como está desfigurado
O meu jeito de agir

Venha, perceba o meu temor
Que encontro em tal amor
Por não saber o que fazer

Venha, saciar o meu querer
Enfim, me faça compreender
O prazer que é amar


Lápis

Pareço não mais agüentar
Tal felicidade em meu seio
Será que a devo arrancar?
Talvez leva-la em um passeio

Não bem entendo o meu sorriso
Nem busco tal explicação
Pois o que é mesmo preciso
Está seguro em minha mão

Lápis, palavra papel e sentimento
E tão bela é essa simples união
Quão maldito é o distanciamento

Poeta, poema, imaginação
Os verdadeiros heróis deste momento
Convivem em dilema, sem reclamação


Tu és

Tu és o centro da periferia
A noite dentro do dia
Tristeza na alegria

Tu és o cerne do discernimento
O furacão sem nenhum vento
O agora de cada momento

Tu és sã em enlouquecido
Memória no esquecido
O preto no colorido

Tu és a letra sem melodia
O silêncio na gritaria
O amanhã de cada dia

Tu és o ponto na redação
O fim de cada canção
O som do meu coração

Você é tudo aquilo que falta para o perfeito
Você é tudo aquilo que suspende no meu peito
Você é a magia do viver
Você é a minha esperança ao amanhecer


Noite

Não coloco nenhum pijama
Mesmo assim me deito à cama
Esperto a noite prosseguir
E seu frio vir me consumir

Sozinho finalmente eu me vejo
Sem sentimentos, vazio, sem desejo
Meu corpo se consome pouco a pouco na escuridão
Minha mente enlouquece com o abraço da solidão

A tristeza entorpece meus sentidos
O medo me imerge em gemidos
O abandono em sua forma mais crua
Rasga ferozmente minha pele clara e nua

Enquanto a insônia me atormenta
Vejo a angústia que se alimenta
Da alma desse jovem sonhador
Desamparado, à procura de amor





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