Venha, Amor...
Venha, leve meu coração
Sinta bem em tua mão
O peso do meu amor
Venha, entenda o meu lado
Veja como está desfigurado
O meu jeito de agir
Venha, perceba o meu temor
Que encontro em tal amor
Por não saber o que fazer
Venha, saciar o meu querer
Enfim, me faça compreender
O prazer que é amar
Lápis
Pareço não mais agüentar
Tal felicidade em meu seio
Será que a devo arrancar?
Talvez leva-la em um passeio
Não bem entendo o meu sorriso
Nem busco tal explicação
Pois o que é mesmo preciso
Está seguro em minha mão
Lápis, palavra papel e sentimento
E tão bela é essa simples união
Quão maldito é o distanciamento
Poeta, poema, imaginação
Os verdadeiros heróis deste momento
Convivem em dilema, sem reclamação
Tu és
Tu és o centro da periferia
A noite dentro do dia
Tristeza na alegria
Tu és o cerne do discernimento
O furacão sem nenhum vento
O agora de cada momento
Tu és sã em enlouquecido
Memória no esquecido
O preto no colorido
Tu és a letra sem melodia
O silêncio na gritaria
O amanhã de cada dia
Tu és o ponto na redação
O fim de cada canção
O som do meu coração
Você é tudo aquilo que falta para o perfeito
Você é tudo aquilo que suspende no meu peito
Você é a magia do viver
Você é a minha esperança ao amanhecer
Noite
Não coloco nenhum pijama
Mesmo assim me deito à cama
Esperto a noite prosseguir
E seu frio vir me consumir
Sozinho finalmente eu me vejo
Sem sentimentos, vazio, sem desejo
Meu corpo se consome pouco a pouco na escuridão
Minha mente enlouquece com o abraço da solidão
A tristeza entorpece meus sentidos
O medo me imerge em gemidos
O abandono em sua forma mais crua
Rasga ferozmente minha pele clara e nua
Enquanto a insônia me atormenta
Vejo a angústia que se alimenta
Da alma desse jovem sonhador
Desamparado, à procura de amor
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