Vejo a brasa vermelha
de meu cigarro e penso
"Oh, isso poderia ser
a lanterna traseira de um
carro"
Pego meu velho
caderno com a capa
arrasada
puída
"ele poderia ser novo", eu penso
Com minhas mãos
trêmulas pego
meu celular de
penúltima geração
com acesso à internet que
me deixa
conectado com o
mundo
Mas me deixa só (,)
pensando que
não tenho conexão
não de verdade
com o mundo
E que sonhos nunca são realidade
mas que a realidade foi
um sonho
e será de novo
assim que outro sonho
deixe de ser
e a realidade se
entorne
em sonhos de como
foi o passado
E a gravidade do
futuro
enterre os sonhos
no chão, para que eu tenha
aonde pisar
Nenhum comentário:
Postar um comentário